Futuro, passado, presente em risco! Vol. 1

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Mensaje  juleic1123 Sáb Abr 16, 2016 9:05 pm

Sipnose:
Sempre foi a natureza a causadora das mudanças no planeta terra. E especulou-se por imensas décadas que o planeta terra seria dizimado por um asteróide de grandes proporções, ou que o sol acabasse por se extinguir, virando um buraco negro, ou no termo mais simples, uma estrela morta. No entanto, todos os seres humanos estavam enganados, pois foram estes os causadores da destruição do nosso querido e amado planeta.

Um simples adolescente terá a sua vida virada do avesso ao ser mandado do século LIII para o século XXI.

Westorn escribió:- A vida, mais tarde, fora restaurada no grande planeta Kepler 22b. Primo da terra. - Explica.

Nicolas escribió:Ouço atentamente cada pormenor na esperança de saber mais sobre mim.
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Mensaje  juleic1123 Sáb Abr 16, 2016 9:06 pm


Século LIII




Com meu filho nos braços corria no meio da multidão. O terramoto abria abismos e penhascos. A vida na terra estava a ser dizimada.

A camada de ozono fora finalmente destruída devido ao aquecimento que aumentou nas últimas sete décadas. Todos os equipamentos virtuais como os hologramas, os animais de estimação robóticos e os óculos de transmutação eram utilizados através de uma meteria prima chamada Zénio, que contem imensa radioactividade. Este combustível causa doenças crónicas se for exposta em elevada quantidade, e, para além disso, contribuiu para o fim da nossa camada de ozono. Tudo se agravou quando Zénio passou a ser o combustível do nosso planeta, e graças a esse material altamente perigoso construído pelos homens, o planeta antigamente chamado de azul, agora com o rótulo de verde devido à poluição das águas, terá a sua exterminação hoje.

Subitamente a multidão que ia mais avançada começou a correr na direcção contrária, quase nos atropelando.

- Tsunami! Tsunami! - Pessoas que corriam para trás nos avisavam.

As pessoas atrás de mim deram-me um encontrão, fazendo-me cair no chão, contudo protegi meu filho da queda. Levava constantes pisadas nas costas. Uma fenda começa a abrir mesmo ao lado do meu corpo e faço força, colocando-me de pé. Nicolas chorava em meus braços.

O núcleo da terra está descontrolado. Ou morremos pelo mar, ou derretemos pelo calor interno da terra. Não há escapatória.

Comecei a correr para o sentido contrário quando me apercebo que a onda gigante está-se a aproximar a uma velocidade voraz. O meu vizinho, que se encontrava mesmo à minha frente, é devorado pelas profundezas de um abismo que acabara de abrir. O cimento da estrada é devorado para o interior do mesmo. Todas as pessoas que tinham dado a volta caíram ao abismo. A multidão era agora uma centena de pessoas. Olhei para o chão, apercebendo-me que bastaria apenas um passo mais e meu filho, juntamente comigo, já estaríamos mortos, juntamente com a maior parte dos cidadãos que acabaram de cair.

Apertei o meu filho contra mim, vendo a destruição que todo o ser humano fez. Ao longe, vi naves espaciais saírem do nosso planeta, e sorri, por saber que pelo menos, meu marido se encontra numa.

Toquei nos meus bolsos, tentando encontrar o brinquedo preferido do meu filho para o acalmar. Porém, algo capta a minha atenção, uma arma que cria buracos de minhoca, por outras palavras, brechas-temporais. Estas armas nunca foram realmente utilizadas, ainda se encontravam em fase de testes, segundo as noticias do canal cientifico. Rodei um botão e apareceu um holograma com números para eu murmurar, visto que todos os comandos electrónicos neste século são manuseados única e exclusivamente com a voz.

O tsunami começa a devorar as pessoas mais longínquas.

- Filho, amanhã farias um mês, mas o dia 21 de Março de 5299 não existirá. - Fungo.

- Século 21: Programado. - Uma voz robótica alerta-me e os meus olhos estudam o objecto.

- Confirmo. - Digo, tenebrosa. O objecto treme e de sua pequena antena sai um raio eléctrico gigantesco. Fecho os meus olhos com tamanha luz proveniente do raio. Quando olho novamente para a frente, vejo um portal com uma civilização antiga. Casas construídas com cimento e tijolos, prédios que utilizam elevadores invés de escadas implementadas com tele-transporte para casa através de reconhecimento facial. Que diferença. No entanto, não havia tempo para pensar.

Deposito um beijo na testa de meu amado filho. Subitamente, uma sombra enorme cobre o meu pequeno corpo, pequenos pingos caiem em meus cabelos cor de mel e ao ver o tsunami mesmo à minha frente, atirei o meu bebé para o portal, e este, assim que recebe o meu menino, fecha-se imediatamente. A água atinge-me e eu tento atingir a superfície, mas o abismo que se encontrava mesmo atrás de mim, puxa-me. Aos poucos a água vai aquecendo, à medida em que me aproximo do núcleo. Fechei os olhos, enquanto era sugada para as profundezas da terra. Como tomei a vacina que me permite respirar debaixo de água, estou condenada a morrer assim que a lava fizer do meu corpo comida.

Abri os braços e as pernas, entregando-me ao meu destino, com a certeza que meu filho se tinha salvado, assim como meu marido. Assim o espero.

Para poder partir em paz.
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Mensaje  SaraLouAdams Sáb Abr 16, 2016 9:15 pm

Amei muito a história, vou admitir, eu queria estar a chorar Crying or Very sad
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Mensaje  juleic1123 Sáb Abr 16, 2016 9:35 pm

Obrigado, mas ainda vão haver mais capitulos! :floraWinx:
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Mensaje  SaraLouAdams Sáb Abr 16, 2016 9:58 pm

juleic1123 escribió:Obrigado, mas ainda vão haver mais capitulos! :floraWinx:
De nada!
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Mensaje  Barbatea Dom Abr 17, 2016 1:17 am

Não se exclama na biblioteca! Evil or Very Mad
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Mensaje  juleic1123 Dom Abr 17, 2016 1:36 am

Barbatea, não use smiles ofensivos! Evil or Very Mad
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Mensaje  Barbatea Dom Abr 17, 2016 1:41 am

juleic1123 escribió:Barbatea, não use smiles ofensivos! Evil or Very Mad
Perdoe-me senhor juleic. Embarassed
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Mensaje  juleic1123 Sáb Abr 23, 2016 12:22 pm

Século XXI - 2006

Fechei o livro de matemática. Como a odeio. Abri a janela, e me apoiei no parapeito da mesma, olhando o céu estrelado. O som dos grilos me fazia acalmar e pensar em diversas coisas, como por exemplo, em como o mundo é estranho. Está cheio de tecnologia, tenho um telemóvel e isso para mim já é demais. O que será da terra daqui a alguns séculos se a tecnologia continuar a evoluir?

Abanei a cabeça, com medo que a minha mãe me visse neste estado, pensativo de novo. Ela já sabe que penso sempre na mesma coisa quando estou aqui: Os problemas das tecnologias; E me chama de anormal, por não ser viciado em video-games e sim estudioso.

- Nick, chega cá abaixo. - O seu tom assustado e preocupado faz-me descer as escadas à pressa.

Ao chegar à sala, vejo a televisão caída no chão e o computador quase a cair da mesa. Imediatamente fitei o chão.

- Essa coisa que tu fazes aconteceu outra vez. - Apontou para o computador.

- Não tenho culpa de ter isto mãe. - Murmurei, brincando com os meus dedos.

Quando penso nos problemas causados pela tecnologia, os objectos movem-se sozinhos, e eu nunca soube porquê. A minha mãe diz que sou diferente dos outros meninos da escola e para guardar segredo.

- Eu sei filho, mas tu tens de ter cuidado, estava a escrever um e-mail a um cliente e o computador do nada levantou-se e desligou-se, tens de ter cuidado com... essa coisa. - Ela coloca as suas mãos sobre as minhas e eu assinto.

- Há cura para isto, mamã? - Perguntei a mesma coisa que pergunto todos os dias ao pequeno almoço.

- Não sabemos sequer o que tu tens querido, algo assim nunca foi visto antes. É como se tu tivesses sofrido uma mutação genética. Fosses o inicio de uma nova espécie de Homo sapiens. - Admite.

- Sou a pessoa que vai começar uma raça diferente de humanos na terra? É que eu ando a ler os livros do quinto ano e sei o que isso é! Eu sei que ando apenas no primeiro mas há tanto conhecimento no universo, que não resisti e quis saber mais.

Esta gargalhou e assentiu, me abraçando. No entanto, colocou uma expressão mais séria e levantou uma sobrancelha:

- E já fizeste os teus trabalhos de casa, menino estudioso?

- Não! É passar a letra A pelo tracejado e isso é secante! Eu sei ler e escrever, não preciso daquilo para nada. - Resmunguei.

A minha mãe me tocou de leve no cabelo, me acariciando e me olhando nos olhos, com um sorriso enorme no rosto.

- Tudo o que aprendes nesta vida, será aplicado no teu futuro. Até as mais pequenas coisas como um tracejar de uma letra.

- Como é que tracejar uma letra pode ser importante? - Inquiro, confuso com as palavras sábias da minha mãe.

- Quero que descubras sozinho, ora essa. - Pisca-me o olho e eu logo percebi pela sua reação que nada lhe vinha à cabeça.

Dei-lhe um beijo de boa noite e, quando a abracei, soube que ela estava gravemente doente. O seu coração estava a bater de uma maneira ainda mais irregular do que a semana passada. Através deste abraço, sabia que um conjunto de células no seu corpo estava a crescer imenso, sem respeitar os limites normais, e que se encontrava neste momento a destruir tecidos adjacentes. Se o manual de ciências do 5º ano estiver certo, a minha mãe tem cancro.

Eu, sendo frontal, a confrontei:

- Mamã, estás doente?

- Apenas um pouco cansada, tenho trabalhado muito, depois do papá ter morrido. - Fiz um esforço para ser um menino normal e fingir acreditar, quando meu ouvido ouvia as anomalias no seu corpo.

E fingir ser um menino normal foi um grande erro, pois mal sabia eu que dois anos mais tarde, estaria num hospital, numa sala de espera, de mãos dadas com a minha vovó materna.

- Então...? - Minha avó pergunta, ao ver um médico se aproximar de nós.

- Infelizmente, o cancro está bastante desenvolvido, não foi atempadamente. A sua filha não vai aguentar a quimioterapia e nem deve chegar lá, dou-lhe horas de vida, para ser sincero.

Larguei a mão da minha avó, e corri para fora do hospital. Fechei os olhos, desejando estar com a minha mãe com todas as minhas forças. Subitamente, bato com a cabeça numa parede. Estava no quarto dela. Toquei novamente na parede para ter a certeza que estava mesmo aqui e não fora do hospital, onde me encontrava à segundos antes.

- Nicolas... - Ouço-a murmurar e corro até ao lado direito da sua cama.

- Mãe, estás acordada? Tens de descansar. - Movi o dedo indicador para os lados, alertando-a. Esta gargalhou, no entanto a sua risada foi interrompida pela tosse.

- Tenho de te contar uma coisa. - Admitiu-me, baixinho. - Chega aqui, pois é um segredo.

Subi para cima da sua cama e fiquei de joelhos na mesma, aproximando o meu ouvido da sua boca.

- A mamã mentiu, tu não nasceste da minha barriga. Eu encontrei-te, e foi no pior sitio que existe neste mundo. Estavas escondido dentro de um caixote do lixo. A tua mamã, a verdadeira, deixou-te lá, então achei que ela não te viria procurar novamente, pois deixou uma coisa linda como tu, num lugar desprezível como aquele. Então peguei em ti e trouxe-te para casa. Na tua mantinha de algodão dizia Nicolas. Seguravas um aparelho esquisito na mão, por isso guardei-o num armário lá em casa. Mas não me recordo qual, lamento.

- Então tenho duas mamãs?

- Sim, querido.

- Gosto mais de ti. A outra nunca me veio ver. - Vejo um sorriso doce aparecer nos seus lábios e imediatamente curvo os meus também, por a colocar mais feliz.

Uma nova tosse, mais forte volta a atacar a pessoa que mais amo e agarro-me a ela com todas as minhas forças.

- Filho, posso-te pedir algo? - Logo assenti. Queria ajudá-la em tudo quanto podia. - Vai para casa com a vovó. Dentro de alguns minutos, irei ter com os dois lá a casa e preparar-vos-ei um delicioso lanche.

Sorri, contente, e dei-lhe um beijo, sussurrando que a amava. Abri a porta e saí do quarto com um sorriso nos lábios.

- Vemo-nos em casa, docinho. - Ouvi a minha mãe do seu quarto e assenti com a cabeça, mesmo que esta já não me visse por me encontrar do lado de fora. Um bip continuo começa a ser audível. No entanto, eu não entendia porque os médicos passavam por mim a correr para ver a minha mãe. Tive curiosidade em lá ir, mas sabia que ela em breve me abraçaria sem esta agitação toda. Sorri para mim mesmo, e corri até à minha avó, contando-lhe tudo. O médico apareceu a correr na sala de espera. A minha avó abriu a boca e o médico suspirou, afirmando com a cabeça. Lágrimas rolaram no rosto da vovó, que me empurrava para fora do hospital e apertava a mão do meu avô e a minha.

Não entendia o que se passava, mas comecei a chorar também.
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